domingo, agosto 21, 2005
sexta-feira, agosto 19, 2005
[0330] C de kurtas leituras..
Um réu estava sendo julgado por assassinato na Inglaterra.
Havia fortes evidências sobre a sua culpa, mas o cadáver não aparecera.
Quase no final da sua argumentação, o advogado, temeroso de que seu cliente fosse condenado, recorreu a um truque:
- Senhoras e senhores do júri, eu tenho uma surpresa para todos vocês.. - disse o advogado, olhando para o seu relógio - Dentro de um minuto, a pessoa presumivelmente assassinada, neste caso, vai entrar neste tribunal.
E olhou para a porta.
Os jurados, surpresos, também ansiosos, ficaram olhando para a porta.
Um minuto passou. Nada aconteceu. O advogado, então, completou:
- Realmente, eu falei e todos vocês olharam com expectativa. Portanto, ficou claro que vocês têm dúvida, neste caso, se alguém realmente foi morto. Por isso insisto para que os senhores considerem o meu cliente inocente!
Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final.
Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:
- Culpado!
- Mas.. como? - perguntou o advogado.. - Vocês estavam em dúvida, eu vi todos vocês olharem fixamente para a porta!
E o presidente do júri esclareceu:
- Sim, todos nós olhamos para a porta, mas o seu cliente não..
MORAL DA HISTÓRIA:
Não basta ter um bom advogado, o cliente tem de colaborar..
quinta-feira, agosto 18, 2005
[0328] C de kanibalismo..
Portugal é igual a Verão
Terra sã e abençoada
Com calor como um fogão
Até quando é consoada
Há burrice e ignorância
Corrupção, coisas que tais
Há a tragédia da ganância
E os fogos florestais
Temos seca, falta d´água
E gastamo-la a rodos
Ninguém sofre com a mágoa
Da nossa falta de modos
Há desastres na estrada
Nepotismo e amiguismo
Há uma plebe iletrada
Mantida no analfabetismo
Até estranha, quem cá vem
Este povo pessimista
Tanto o filho como a mãe
Partilham a mesma vista
Portugal só vale o sol
Somos uma merda em tudo
Exceptuando o futebol
O portuga é carrancudo
A culpa é do Governo
Do patrão, ou do vizinho
Minha não, que eu sou moderno
Ó amigo, vai um copinho?
Amanhã é um novo dia
Com sorte, ainda é pior
Ah, povo com a mania
De acarinhar a dor
Temos tanta auto-estima
Como um patinho feio
Não há forma da apatia
Ser corrida deste seio
E essa é a ironia
Destas minhas curtas letras
Portugal até podia
Aguentar-se nas canetas
Essa volta que é precisa
Depende só de ti
Quando olhares p´ro futuro
Na dúvida, sorri.
Miguel Barros