::Critica a Mente::

segunda-feira, janeiro 17, 2005

[0164] Kontribuições e impostos..

A propósito da campanha eleitoral para as legislativas, deviam os candidatos a Primeiro-ministro, antes de nos inundar com promessas bacocas, reflectir nisto!
Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, e muito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social. O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social. E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros.
Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 19 euros para si. Em resumo:
- Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55.
- Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 19.
- Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33.
- Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
Eu pago e acho muito bem, portanto exijo:
- Um sistema de ensino que garanta cultura, civismo e futuro emprego para o meu filho, Serviços de saúde exemplares. Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa;
- Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o País. Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam;
- Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano. Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.
- Quando lá chegar, a reforma garantida e jardins públicos e espaços verdes bem tratados e Seguros;
- Polícia eficiente e equipada;
- Monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público, uma orquestra sinfónica. Filmes criados em Portugal;
- E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra.
Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem ao Estado 100 euros de receita. Portanto Sr. futuro Primeiro-ministro, governe-se com o dinheirinho que lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo isto.
Assinado: Um português contribuinte