Os meios tradicionais de reprodução dos saberes, a escola e a família perderão cada vez mais importância como factores de socialização substituídos pela publicidade, a televisão, a moda, as conversas virtuais, os grupos juvenis. Ganharemos menos, saberemos menos, viveremos mais, teremos mais coisas para comprar e mais baratas (as lojas chinesas são um exemplo), mas cada vez mais o que fazemos será virtual e não real. A separação entre ricos e pobres far-se-á pelas literacias e pelo preço elevado do real e barato do virtual (já começa a fazer-se nos países mais desenvolvidos). Etc., etc., etc.
[ Pacheco Pereira, no jornal Público ]
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