::Critica a Mente::

terça-feira, abril 19, 2005

[0306] Kanibalismo..

Marques Mendes promete ser líder à altura do PSD
O recém-eleito presidente do PSD, Luís Marques Mendes, mostrou-se convicto de que será um líder à altura do partido e pediu encarecidamente aos profissionais da comunicação social que se abstenham de fazer piadas maldosas, relacionando esta afirmação com o seu déficit vertical notório. "Eu sei que só tenho 1,23m," afirma, "e sei que todos gostam de brincar com isso e nunca me importei muito mas agora ocupo um cargo que tem outras responsabilidades e peço contenção."

Para facilitar as coisas, a direcção social-democrata anunciou um sarau que terá lugar em breve e no qual todos os jornalistas portugueses poderão passar largas horas fazendo comentários insultuosos à altura do presidente, em presença do próprio, até se fartarem. Nesta iniciativa, valerá tudo. Desde "porta-chaves" até "Ó Luisinho, a ama sabe que andas a brincar aos políticos outra vez?" passando por clássicos como "Onde é que está a Branca de Neve, ó anão?" ou ainda "Quem é que te vai levar às costas nas acções de campanha, seu pigmeu repelente? Metes-me nojo! Tu e os teus!"

Problemas de altura à parte, Marques Mendes conta com o apoio de todos os militantes e apoiantes do PSD para conduzir o partido durante a próxima legislatura, mesmo com aqueles que se opuseram a ele e sempre o acharam um valente palerma.
Um dos que sempre o acharam, no mínimo, um valente palerma é o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes que, sem qualquer rancor, já se mostrou disponível para colaborar com o partido no que fosse preciso, desde que "o que fosse preciso" seja ficar em casa a comer pudim e a ver documentários sobre mulheres africanas do Kalahari com mamas pelo joelho.

Também Luís Filipe Menezes, o homem que disputou com Marques Mendes a presidência do PSD no último congresso, se disponibilizou para ficar muito quieto e não atrapalhar, enquanto que o Major Valentim Loureiro se disponibilizou para falar muito alto e dizer coisas sem sentido e agitar muito as duas mãos no ar e fumar charutos uns atrás dos outros, mostrando mais uma vez ao país que também há lugar na política para os maluquinhos furiosos.

[ via inÉpcia ]